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Projeto de Pesquisa 2: Geobiama
Abordagem Metodológica

Aquisição de dados botânicos em campo: será feito por meio de inventários florísticos para documentar a composição de espécies e suas variações, com amostragem estratificada pela geomorfologia e interpretações preliminares do contexto geológico.

Aquisição de dados geológicos: dados sedimentológicos a serem utilizados para a reconstrução da história geológica serão coletados ao longo de afloramentos e por testemunhagem em áreas interfluviais. Amostras serão coletadas para datações radiogênica AMS e luminescência opticamente estimulada, bem como análises isotópicas de C e N. Amostras de sedimentos serão obtidas para análises palinológicas a fim de reconstituir a assembléia florística passada.

Modelagem da biodiversidade: Modelos de previsão de espécies serão construídos integrando dados botânicos e geológicos em ambiente georreferenciado. O objetivo é analisar os fatores determinantes da distribuição de espécies e da diversidade filogenética, e entender como eles se relacionam com a evolução da paisagem. Modelos generalizados de dissimilaridade (GDM) serão utilizados para modelar razões não constantes de mudanças composicionais ao longo dos gradientes ambientais. A origem, história e interrelações de centros de diversidade serão examinadas por análise filogenética de comunidades.

Resultados esperados

Produção de mapas combinando distribuição da vegetação e paleomorfologias em ampla extensão espacial e com alta resolução e acurácia temática. Se bem sucedidos, estes resultados serão úteis a pesquisadores interessados em ecologia, biogeografia e evolução de organismos em áreas amazônicas, os quais têm se confrontado perante a ausência de informações confiáveis sobre variações ambientais e bióticas relevantes dentro da Amazônia. As chances de sucesso são excepcionalmente altas, porque o projeto conta com uma equipe altamente qualificada e uma base de dados impar apoiados em informações de campo, os quais podem ser usados para refinar e testar os modelos e os mapas a serem produzidos. 
O processo por si só será extremamente útil, uma vez que projetos futuros poderão ser construídos com base em nossas experiências e avanços metodológicos. Por exemplo, desenvolveremos protocolos para a integração de dados de sensoriamento remoto ao longo de amplas áreas a fim de identificar descontinuidades florísticas e geológicas. Também exploraremos novos caminhos para usar dados de campo na validação de modelos de distribuição de espécies e comprar sua utilidade com dados quantitativos de inventários florísticos.

Grupo de Pesquisa
Paisagens no Tempo e Espaço (PATES)
Grupo de Pesquisa
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